Avaliação!!!
Pois é não se fala noutra coisa. As escolas estão em transformação e em consternação. O desalento não podia ser maior. O ministério passa a ideia de que todos, ou quase todos, somos bons profissionais, no entanto, insiste numa avaliação que tenta apurar quem é realmente muito bom ou excelente. Sim, o ministério passou a mensagem que esta avaliação serve essencialmente para separar os bons dos muito bons, os bons dos excelentes e os muito bons dos excelentes, dado que os outros casos são residuais. O ministério fala de avaliação mas nunca avaliou o sistema anterior.
O que importa agora perceber é se esta avaliação vai trazer benefícios para os nossos alunos. Quem está nas escolas e vê com imparcialidade verifica que isto não está mau, está muito mau. Os professores estão zangados, cansados, desolados, tristes e só pedem para que os deixem fazer aquilo que melhor sabem, que é ensinar com qualidade e rigor. Os professores devem continuar a fazer aquilo que sempre fizeram e não se devem desviar um milímetro sequer das suas boas práticas. Tudo aquilo que os desvie para a burocracia ou para o tentar agradar é um passo atrás. O professor deve concentrar-se em preparar bem as suas aulas, em elaborar fichas de trabalho e testes de avaliação rigorosos, em criar ou reutilizar conteúdos interactivos, em tirar partido das novas tecnologias, em preparar as reuniões sobre os alunos com muito rigor e seriedade…. e podia enumerar muitas mais tarefas inerentes ao exercício desta profissão.
Os professores não devem ser “empurrados” para os resultados escolares, devem fazer tudo o que está ao seu alcance para que esses resultados sejam os melhores possíveis (sempre foi assim). Claro que estarão condicionados por uma avaliação cega e surda mas mesmo assim devem respeitar sempre os princípios do rigor e da seriedade. A avaliação não deve condicionar nem atrapalhar o exercício da nossa profissão que é ensinar. Duas palavras devem continuar a pautar o exercício da actividade docente: rigor e seriedade.